Técnicos da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados estão reunidos no fim da manhã desta sexta-feira, 6, para rediscutir a manutenção das prerrogativas do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Aliados de Cunha querem que o peemedebista tenha direito às suas prerrogativas da mesma forma que a presidente Dilma Rousseff terá, caso venha a ser afastada da Presidência da República por causa do processo de impeachment no Senado.
“Vamos tentar fazer alguma coisa paralela”, resumiu o primeiro-secretário da Mesa, deputado Beto Mansur (PRB-SP).
Até a quinta-feira à noite, a diretoria da Casa previa a suspensão imediata de regalias como transporte da Força Aérea Brasileira (FAB), segurança e escolta da Polícia Legislativa, direito ao uso de carro oficial, além da retirada dos assessores da Presidência e do gabinete pessoal de Cunha. O maior impasse é se será mantido ou não o salário de mais de R$ 33 mil do parlamentar afastado.
Diante do ineditismo do afastamento determinado pelo Supremo Tribunal Federal, será produzido um ato da Presidência da Câmara para estabelecer as concessões que serão feitas a Cunha. O ato será assinado pelo presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA).