Apesar do pedido de adiamento da apreciação do plano de cargos e salários do Senado, feito pela segunda vice-presidente da Casa, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), a Mesa Diretora da Casa aprovou nesta tarde a proposta, sem conhecimento prévio de seus integrantes. O plano deve ter impacto de 9,82%, quase R$ 170 milhões, na folha de pagamento deste ano.
O projeto vem sendo guardado a sete chaves. Senadores, inclusive que assinaram a proposta, disseram que não tinham detalhes do projeto. Nos corredores da Casa, é grande a pressão de funcionários para que a proposta seja levada à plenário hoje, em meio à votação do fundo social do pré-sal e da capitalização da Petrobras.
Primeiro vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), não assinou a proposta porque estava ausente na hora da discussão. Mas confirmou que a assinatura dos presentes, inclusive a do presidente José Sarney (PMDB-AP), assegurou a aprovação. “O projeto está pronto para ir ao plenário, mas eu ainda não tive acesso a ele. A pressão está grande e pode entrar na pauta a qualquer momento”, disse.
Assinaram o projeto, além de Sarney e do primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), os senadores Aldemir Santana (DEM-DF), César Borges (PR-BA), Mão Santa (PSC-PI) e Patrícia Saboya (PDT-CE). Estavam ausentes Marconi, Gerson Camata (PMDB-ES) e Cícero Lucena (PSDB-PB). Serys se recusou a assinar.