Brasília (AG) – O subsecretário-geral da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, Luiz Filipe de Macedo Soares, disse ontem, durante palestra no Congresso Nacional a parlamentares da América Latina e do Caribe, que o Mercosul deverá ficar maior ainda este semestre com o ingresso de três novos associados: Colômbia, Venezuela e Equador. Ele lembrou que, até o momento, o bloco já conta com o Peru, o Chile e a Bolívia e previu que o aumento do Mercosul ocorrerá em junho, durante a reunião de presidentes do Mercosul e da Comunidade Andina, em Buenos Aires, na Argentina.
– Nossa intenção é fazer os últimos acertos até o final de abril para anunciarmos um acordo com a Comunidade Andina no mês de junho – disse Macedo Soares, momentos depois de proferir a palestra aos parlamentares.
Macedo Soares lembrou que é interesse do Mercosul iniciar um processos de negociação, em separado, com os Estados Unidos, o Canadá e o Caribe, assim que os países que estão discutindo a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) conseguirem chegar a um acordo na reunião que acontecerá em Puebla, no México, no final de abril. Espera-se que, no encontro, os negociadores assinem, depois de uma série de adiamentos, o termo de obrigações comuns para que a Alca saia do papel a partir de janeiro de 2005.
– Ainda consideramos ser perfeitamente possível que as negociações sejam concluídas dentro do prazo previsto. É melhor para nós que isto aconteça, nem que aprofundemos o acordo depois – afirmou Macedo Soares.
As dificuldades para que o Mercosul consiga convencer os Estados Unidos a abrirem seu mercado às exportações de produtos agrícolas permanecem, reconheceu o diplomata brasileiro. Segundo ele, no caso da Alca, mesmo que o acordo não cubra 100% dos itens negociados, o Brasil defenderá que em todos os produtos, pelo menos, haja melhoria de acesso com rebaixamento de tarifas.
