O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), disse que boa parte da reunião de hoje do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com líderes dos partidos da base aliada foi ocupada pelo debate sobre a situação da saúde no País. José Gomes Temporão, o ministro da Saúde, fez uma exposição afirmando que os Estados Unidos preveem até o final do ano, período de inverno no Hemisfério Norte, a morte de 60 mil pessoas vítimas da Influenza A (H1N1), a gripe suína. Em razão disso, Temporão, que é favorável à criação de uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) – com verba destinada à saúde -, defendeu que o governo brasileiro precisa fazer mais investimentos para a prevenção da doença.

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Segundo relato de Mercadante, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), defendeu a aprovação da Contribuição Social sobre a Saúde (CSS) como forma de aumentar os recursos para o setor. Mas na avaliação de Mercadante, apesar de o Brasil ter superado a crise financeira, ainda é hora de desonerar impostos e, por isso, o novo imposto não seria uma melhor solução. No encontro, Mercadante sugeriu que o presidente Lula converse com governadores e prefeitos das principais capitais para saber da real situação da saúde em cada Estado, a fim de encontrar uma solução alternativa, que não seja a criação de um novo imposto.

O presidente concordou e antes de sair da reunião se antecipou sobre a discussão da urgência constitucional dos projetos que tratam do marco regulatório da exploração do petróleo do pré-sal. Segundo Mercadante, Lula disse que não viu argumento relevante que justificasse a retirada da urgência dos projetos.

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