Após terem sido citados por Ricardo Pessoa, dono da UTC, os ministros da Comunicação Social, Edinho Silva, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso aos trechos da delação do empreiteiro.

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Os pedidos foram protocolados na sexta-feira, 26, pela defesa dos ministros e do senador e foram distribuídos para o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. A solicitação foi feita à Suprema Corte logo após ter sido publicado nos veículos de imprensa que políticos teriam recebido de Pessoa dinheiro proveniente de “caixa dois”.

O nome de Edinho Silva apareceu por ele ter sido tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014, quando ela concorreu à reeleição ao cargo de presidente. Já Mercadante teria sido beneficiário do esquema em 2010, quando disputou o governo do Estado de São Paulo pelo PT. Os dois ministros negam as acusações e se dizem vítima de “vazamento seletivo”.

Já Nunes, cuja citação ocorreu segundo a revista Veja desta semana, teria recebido no total R$ 500 mil, sendo R$ 300 mil em doações oficiais e os R$ 200 mil restantes de “caixa dois”.

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Como publicou o jornal O Estado de S. Paulo, Pessoa afirmou ter dado R$ 3,6 milhões como caixa 2 para tesoureiros do PT. Entre os beneficiados estão as campanhas de Lula, em 2006, e de Dilma, em 2010 e em 2014.

Pessoa, considerado o chefe do “clube” VIP das empreiteiras, firmou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República no qual relatou casos de pagamento de propina do qual fez parte. O acordo foi homologado por Zavascki na última quinta-feira, 25, e a partir de agora poderá dar origem a novos inquéritos ou ainda reforçar indícios de envolvimento de pessoas que já estão sendo investigadas.

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