O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse hoje em Santos, na Baixada Santista, que o PT vai mostrar na propaganda eleitoral gratuita todos os benefícios que os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) trouxeram ao Brasil e que se os tucanos não recuarem em relação às críticas ao programa “vão perder votos”.
“A primeira coisa que a gente deve fazer quando cai no buraco é parar de cavar. Eu acho que eles (oposição) estão pegando na pá, não só dizendo que vão acabar com o PAC, como diziam antes que iam acabar com o Bolsa-Família porque é uma política assistencialista e tiveram que fazer uma autocrítica, como estão dizendo também que vão mudar a política econômica”, afirmando que o PSDB governou o País com uma política econômica que o Brasil não cresceu.
“Apesar da contribuição que eles tiveram para a estabilidade da moeda, a inflação foi maior do que é hoje e não tinha distribuição de renda. Então que política econômica é essa? Espero que eles apresentem propostas para o debate, porque se eles forem nessa linha acho que eles vão aprofundar o isolamento”, disse o senador em relação às críticas do presidente nacional do PSDB Sérgio Guerra ao PAC.
Vazio
Antes de se reunir na Vila Belmiro com o novo presidente do Santos Futebol Clube, Luiz Álvaro Ribeiro, eleito em dezembro, Mercadante, que é santista, enalteceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando o prêmio de Estadista Global que Lula vai receber em Davos, na Suíça. O senador aproveitou também para defender a pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff.
“A única forma de preencher o vazio que o Brasil vai ter com a saída do Lula, inclusive internacional, é eleger a Dilma. Eu acredito que é isso que vai acontecer”, respondeu Mercadante, ao ser questionado se acredita que mesmo tendo altos índices de aprovação, Lula pode não transferir seus votos para Dilma, como aconteceu com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, que mesmo sendo popular, não elegeu o seu sucessor no último domingo.
Ainda sobre as eleições, Mercadante afirmou que é candidato à reeleição ao Senado, mesmo que Ciro Gomes (PSB) não seja candidato em uma coligação com o PT ao governo paulista.