O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do mensalão, fugiu para a Itália, segundo informou em carta divulgada pelo advogado Marthius Sávio Lobato. A Polícia Federal aguardava ontem que Pizzolato se entregasse, mas, aproveitando a dupla cidadania, ele disse que exerceu seu “legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento” no país europeu.
Anteontem, no feriado da Proclamação da República, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, expediu mandados de prisão para 12 condenados, entre eles o ex-diretor do BB. Apenas Pizzolato não se entregou. Ontem à tarde, a PF informou que o nome dele será lançado na lista de foragidos da Interpol, organização internacional de auxílio às polícias de diversos países.
O ex-diretor do BB foi condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Sua fuga tem potencial para causar desgastes no governo federal. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, havia determinado ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello, que coordenasse os trabalhos de cumprimento das ordens de prisão.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, Pizzolato teria deixado o País há cerca de 45 dias, por terra, atravessando a fronteira com o Paraguai e chegando a Pedro Juan Caballero. De lá, ele teria seguido para a Itália. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Wilson Tosta, Thaise Temoteo/colaborou Ricardo Brito)