Na primeira sessão após a realização do segundo turno das eleições, a Assembléia Legislativa retirou ontem da pauta de votações a mensagem do governo que permite à Copel participar como sócia minoritária de consórcios já habilitados em leilão à operação de linhas de transmissão de energia. O governo pediu urgência na votação da matéria, mas pressionado pelos deputados, antes de submeter o assunto ao plenário, o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), pediu mais informações à Copel sobre o projeto.
O presidente da Copel, Paulo Pimentel, enviou dois técnicos da empresa para oferecer explicações aos deputados em reunião ontem no final da tarde. A Copel tem pressa na aprovação da autorização. Os leilões já foram realizados e se os contratos de concessão não forem assinados até o final do mês, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anula os resultados das licitações, explicou o presidente da empresa. A Copel precisa do consentimento da Assembléia Legislativa para abrir uma exceção na lei estadual que permite somente a participação da empresa como sócia majoritária em consórcios de energia.
Os deputados pediram à Copel que sejam enviados à Casa projetos específicos para cada um dos consórcios. Na mensagem, o governo aponta a participação da Copel em três consórcios. Um deles, o Consórcio Gralha Azul, a Copel é majoritária. A estatal entra com 80% das ações e a Eletrosul com 20%. No Consórcio Artemis, a Copel, a Eletrosul e a Cymi (empresa espanhola) participam com 31,66% cada uma e a Santa Rita Comércio e Engenharia com 5%. No Consórcio Uirapuru, a Copel participa com 5%, a Eletrosul com 44%, a Cymi com 31% e a Santa Rita com 20%. O Consórcio Gralha Azul venceu a concorrência para a linha de transmissão 230 KV Cascavel Oeste – Foz do Iguaçu Norte. O Consórcio Artemis será responsável pela linha de transmissão 525 KV Cascavel- Ivaiporã – Salto Santiago, e o Consórcio Uirapuru ficará com a linha de transmissão 525 kv Ivaiporã-Londrina.