Integrantes da campanha de Aécio Neves (PSDB), principal adversário da presidente Dilma Rousseff nas eleições deste ano, criticaram há pouco a cerimônia balanço da Copa do Mundo realizada esta tarde. O vice na chapa tucana, Aloysio Nunes, e o coordenador geral da campanha, José Agripino (DEM-RN), classificaram o evento que contou com a participação de 16 ministros como “uso da máquina pública” para campanha.

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“Ela não tem legitimidade para falar sobre desempenho da Copa. No caso dos aeroportos, por exemplo, ela aderiu às concessões porque sabia que não daria conta de entregar o que prometeu, o que precisava ser feito”, avaliou Agripino, para quem a transmissão da cerimônia de hoje pela NBR configura claro uso da máquina pública em favor da campanha petista.

O mesmo raciocínio é defendido por Aloysio Nunes, que complementa: “Ela (Dilma) tem feito isso sistematicamente, mas acho que não pega. É um esforço público jogado fora. Ficaria melhor para ela governar”, afirmou o vice de Aécio na disputa presidencial.

O coordenador da campanha tucana garantiu que o assunto Copa está superado e não terá mais espaço nos discursos de Aécio. “Eles (PT) querem provocar um debate, mas não vai colar”, disse Agripino. Para o senador, a avaliação do governo da presidente Dilma “pode ser medido pela manifestação do público nos estádios” – ontem, a petista voltou a ser alvo de vaias e xingamentos durante a partida de encerramento do mundial e ao longo da cerimônia de entrega do prêmio aos melhores jogadores.

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A crítica foi reiterada por Aloysio, que invocou a comparação que a própria presidente Dilma se fez. “Ela é padrão Felipão”. O senador também dá finalizada as menções ao mundial. “A Copa foi boa não por causa da Dilma, mas do povo, dos jogadores, do futebol. Há um gasto generalizado nas obras e estádios superdimensionados, uma inflação. Mas não é hora de fazer uso disso”, finalizou.