O candidato do PV à Prefeitura de Curitiba, Melo Viana, desafiou ontem os candidatos Achiles Batista Junior (PTC), Pedro Manoel Neto (PMN), Jorge Martins (PRTB) e Danilo D?Ávila a abrirem sua contabilidade eleitoral, apresentando as receitas e despesas da campanha e os seus financiadores. “Eu mostro minhas contas da campanha na Internet. Disse que eles são “laranja” porque eles não apresentam nenhuma proposta no programa deles. Eles não estão ali para concorrer a nada. Se eles não são “laranja”, que mostrem quem está pagando o programa deles”, afirmou Viana, em resposta às críticas feitas por Batista Junior, Manoel Neto e Martins.
Os três candidatos tentaram vincular o candidato do PV ao governador Roberto Requião (PMDB) e ao PT, depois que Melo Viana fez declarações sugerindo que suas candidaturas eram de “aluguel” e que estariam servindo a Beto Richa (PSDB). Viana disse que jamais foi filiado ao PT e muito menos candidato pelo partido, como disse um dos adversários. Melo Viana esclareceu que é um dos fundadores do PV, onde ingressou há dezoito anos.
Sobre a acusação de que estaria comprometido com o PMDB, por ter vínculos de trabalho com o Palácio Iguaçu, Melo Viana afirmou que é funcionário concursado do Banco Central há 28 anos. “Fui assessor do Palácio Iguaçu durante um ano. Foi no primeiro ano do atual governo, mas deixei o cargo. Não tenho nada a ver com o PT e o PMDB”, rebateu.
O candidato do PV disse ainda que o aluguel de siglas em campanha eleitoral já é uma suspeita de outras eleições. Afirmou que em 2002 fez um levantamento e descobriu que o então candidato do PSB ao governo, Severino Araújo, apresentou gastos de R$ 3 mil à Justiça Eleitoral. Segundo Melo Viana, o PSB contabilizou despesas somente com a impressão de materiais em gráfica. “Quem foi que pagou as contas dos programas de TV do PSB? Nós sabemos que metade dos custos de uma campanha é com os programas de televisão”, comentou.