O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, disse nesta quinta-feira, 6, que vai pedir ao procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, que tome as “providências cabíveis” em relação ao fato do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato ter conseguido um título eleitoral em nome do irmão morto.
“Todos estamos surpresos no que revelado pela grande imprensa. Isso só revela que o sistema precisa ser aprimorado. Daí a identificação datiloscópica, da biometria, para ter-se certeza que aquele que apresenta o título é realmente o detentor do título”, afirmou Marco Aurélio ao ser indagado sobre o fato de Pizzolato ter conseguido emitir um documento em nome do irmão, que morreu na década de 70.
O presidente do TSE afirmou que a Justiça Eleitoral está empenhada para implementação do voto biométrico em todo o território nacional. “Estamos marchando, mas não dá para marchar com atropelo, com açodamento. E precisamos também de verbas”, disse. Conforme expectativa do TSE, na eleição deste ano mais de 22 milhões serão identificados pelas digitais.
Marco Aurélio observou que não existe um banco de dados com informações de todo País. “Há uma regra segundo a qual os cartórios de pessoas naturais, onde são registradas as mortes, têm de comunicar a um banco de dados do INSS o falecimento. E nós partilhamos esse banco de dados”, disse o ministro. No entanto, segundo ele, a informática e a revisão do recadastramento só surgiram em meados da década de 80, ou seja, posteriormente à morte de Celso Pizzolato.