Após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, que será encerrada no dia 17, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, vai decidir se vai ou não deixar o governo dia 3 de abril para candidatar-se a uma vaga no Senado. “Depois do Copom, devo pensar com mais profundidade sobre essa questão”, afirmou Meirelles, em conversa com um assessor do governo.

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Lideranças do PMDB também confirmaram ontem que o destino eleitoral do presidente do BC deve mesmo ser a disputa por uma vaga ao Senado. “Eu aposto que ele será candidato ao Senado”, disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Alexandre Tombini, atual diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do BC, é o nome mais cotado para substituir Meirelles no comando do banco.

Em outubro, o presidente do BC havia dito que deveria ficar no cargo até o fim de 2010. Segundo um interlocutor com acesso ao Planalto, Meirelles havia feito avaliação diferente sobre as perspectivas de curto prazo da economia mundial, sobretudo em relação ao Brasil.

Mas a conjuntura melhorou. “Com um cenário positivo para o crescimento do País, Meirelles avalia que há menores riscos de que, caso deixe o BC, tal decisão possa atingir a estabilidade macroeconômica”, diz a fonte. Nos raros diálogos que mantém sobre sua eventual decisão de deixar o BC, Meirelles menciona a hipótese de concorrer ao Senado pelo PMDB de Goiás.

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