O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje que escolheu um partido para se filiar porque o PMDB de Goiás abriu as portas para ele. “É sempre um dia feliz para mim estar em Goiás e participar do debate”, afirmou. Mas voltou a negar que seja candidato à disputa de qualquer cargo neste momento. “Estou aqui para somar, mas não sou candidato a nada neste momento”, disse Meirelles, ao chegar ao aeroporto de Goiânia, onde é aguardado para a cerimônia em que se filiará ao PMDB.

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O presidente da autoridade monetária ressaltou que sua prioridade continua sendo o Banco Central e que seu compromisso é com o País. De acordo com ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou que Meirelles permaneça no cargo até março, prazo final para anunciar uma candidatura. “Certamente, considerarei o pedido do presidente Lula”, afirmou.

Meirelles afirmou ser “normal” em diversos países do mundo a filiação de uma pessoa à frente de um Banco Central a um partido político. “Filiação é um direito de cidadania.” O presidente do BC enfatizou inclusive que outros presidentes do Banco Central brasileiro também já se filiaram. “Seria inusitado que se cassasse o direito político de alguém em um cargo público”, observou. Ele disse ter certeza de que caso venha a se decidir pela saída da direção do BC, os benefícios à população vão prevalecer. “O próximo presidente do Brasil terá compromisso com a estabilidade”, comentou.

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