O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), brincou nesta segunda-feira que “aposta uma cerveja” que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles não vai compor como vice a chapa presidencial do tucano Aécio Neves nesta corrida ao Palácio do Planalto. Segundo ele, “isso é papo furado da mídia e de quem precisa criar notícia” e faz parte desse período de pré-campanha, antes das convenções partidárias. “Precisamos ter sangue frio porque até as convenções vamos ter esse tipo de notícia toda semana”, destacou.
Assim como o ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, o prefeito Luiz Marinho disse que “com certeza” o PSD continuará na aliança nacional com a presidente Dilma Rousseff, que este ano tentará a reeleição. Já no Estado de São Paulo, onde os tucanos acenam com a vaga de vice para o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, na chapa de Geraldo Alckmin, Marinho disse que as conversas estão ocorrendo. E na sua percepção, “Kassab não deve fechar com o PSDB.” Marinho participa hoje da reunião da Frente Nacional de Prefeitos, em São Paulo.
Sobre o acordo do PP de Paulo Maluf com o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, que deve ser anunciado esta semana, Marinho disse: “Constrangimento é ser contra (essa aliança), quanto mais apoio melhor. É uma eleição, não é um concurso do que representa cada um. Queremos convencer todo eleitor e eleitora de São Paulo a votar no Padilha e se o PP, que é base do governo da presidente Dilma quer a aliança, qual o problema? Não é simplesmente o Paulo Maluf, é o PP.”
Na sua avaliação, um dos maiores desafios dessa eleição no Estado de São Paulo é justamente convencer o eleitorado. “Creio que será uma eleição disputadíssima, difícil para todo mundo. Ninguém pode dizer que está fácil. Por mais que se falem em possibilidades, a disputa deverá ser voto a voto e vamos trabalhar para ter esses votos.”
Sobre o vice na chapa de Padilha, Marinho disse que a escolha será feita “no último minuto”, com base no arco de alianças e com a ideia de buscar alguém que possa ter bom trânsito com o empresariado e o meio produtivo. “Quase fechamos com o agronegócio”, disse, numa referência às conversas com o empresário do setor Maurílio Biagi Filho, que chegou a ser convidado para ser vice da chapa do ex-ministro da Saúde na corrida ao Palácio dos Bandeirantes, mas não aceitou o convite. (- elizabeth.lopes@estadao.com)