O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira, 15, que não considera a possibilidade de integrar uma chapa com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e se candidatar à vice-presidência da República. “Não cheguei a conversar com o governador sobre essa questão. Não estou planejando a hipótese de uma candidatura a vice-presidente. Tenho o maior respeito pelo governador, temos uma excelente relação”, comentou, em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da rádio Bandeirantes.

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Meirelles disse ainda que conversa frequentemente com o presidente Michel Temer sobre economia e também política e questões relacionadas à candidatura. “O presidente da República não tem prazo para isso (desincompatibilização) a não ser a decisão das convenções partidárias, no início de agosto. Mas tenho certeza de que ele tomará uma decisão antes disso”, afirmou.

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“Ele (Temer) vai tomar sua decisão, como eu deverei tomar uma decisão até 7 de abril. Aí, por uma questão inclusive legal, caso eu seja candidato, como qualquer outro ministro, deverei deixar o cargo para me desincompatibilizar e ficar livre para uma candidatura”, disse o ministro.

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Caso não seja candidato, Meirelles afirmou que vai permanecer no Ministério da Fazenda até o fim deste ano. “Como eu disse, no momento, curto e grosso, estou aqui concentrado no Ministério da Fazenda. Terminado o mês, na primeira semana de abril, vou me dedicar e conversar com uma série de pessoas. A partir daí, tomarei uma decisão”, acrescentou.

Lula

Sobre a eventual prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Meirelles disse que essa decisão cabe à Justiça. Na avaliação dele, Lula é um candidato que tem “apoio relevante de um determinado setor da sociedade”. “Se ele (Lula) não puder ser candidato, o partido (PT) vai ter uma dificuldade eleitoral maior. Isso é normal. Os eventuais sucessores não terão necessariamente a mesma força eleitoral.”