O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB a suceder o presidente Michel Temer, afirmou nesta quarta-feira, 23, que os eleitores brasileiros estão “descrentes de panaceias e soluções mágicas”. “O risco existe, os populistas estão presentes”, disse em discurso na Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, organizada pela Confederação Nacional dos Municípios. Meirelles ouviu cobranças da plateia para que comentasse a alta no preço dos combustíveis.

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Em sua primeira agenda como nome escolhido pelo Palácio do Planalto para disputar a Presidência, Meirelles afirmou que, agora emedebista, o governo poderá promover políticas sociais.

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“O Brasil está em condições de poder fazer as políticas sociais que precisa. Até agora era uma questão de arrumar a casa”, disse. “Não podemos prosseguir de crise em crise.”

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Meirelles defendeu a revisão do pacto federativo para aumentar o porcentual dos tributos que chegam para as cidades.

“A carga tributária brasileira já é a maior entre os países emergentes. Aumentar a carga tributária é uma dificuldade na medida em que já começa a atingir seu limite. Apesar desta parcela grande das receitas tributárias irem para a União, a União tem um déficit insustentável”, disse.

Questionado sobre investimentos em Saúde e Assistência Social, Saneamento Básico (lixões) e Educação Básica (creches), Meirelles falou numa solução única: ofertar maior repasse de recursos aos municípios e dar apoio técnico do governo federal às prefeituras para aprimorar os serviços públicos em todas as esferas. Ele, no entanto, condicionou o auxílio financeiro à retomada do crescimento econômico, com geração de empregos, renda e arrecadação e à aprovação de reformas como a da Previdência.

“É importante que a cada ano o governo federal possa aumentar a cada ano repasses”, disse o ex-ministro da Fazenda. “A reforma da Previdência é fundamental para que tenhamos disponibilidade de recursos.”