Depois de meses sem confirmar nem descartar sua candidatura, o governador gaúcho José Ivo Sartori (MDB) foi lançado oficialmente à reeleição. O anúncio ocorreu na convenção estadual do MDB, neste domingo, 5, em Porto Alegre. Com a decisão, Sartori tenta ser o primeiro governador do Estado a ser reeleito.
A jornalistas, o governador justificou o anúncio da candidatura somente no último dia de convenções afirmando ter se “resguardado” para continuar as ações de governo. “Se eu dissesse lá atrás que eu era candidato, certamente não teriam mudanças que foram feitas este ano”, explicou. “Como eu já disse, não sou de fugir da raia! Mas também não sou salvacionista ou individualista”, afirmou Sartori.
O governador aproveitou para criticar os partidos que compunham sua base que deixaram o governo para lançar candidatura própria, muitas vezes votando contra os projetos do Palácio Piratini na Assembleia Legislativa, como o PDT e o PSDB. “Uns diziam defender o magistério e os brigadianos, mas votaram contra o projeto do duodécimo. Outros diziam querer a modernização do Estado, mas jogaram contra o plebiscito para ouvir o povo sobre as estatais. Alegaram medo”, disse.
Sartori afirmou estar “construindo um Estado sustentável” e elencou medidas a serem tomadas caso reeleito, como forma de dar “continuidade ao projeto de recuperação do Estado”. “Vamos aprovar a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, privatizar ou federalizar estatais e tornar o Rio Grande num Estado eficiente, moderno e atrativo para novas empresas”, afirmou. O Rio Grande do Sul passa por uma grave crise financeira, com dívida que passa dos R$ 70 bilhões e salários do funcionalismo parcelados há mais de 30 meses.
A convenção também confirmou as candidaturas ao Senado de José Fogaça (MDB) e Beto Albuquerque (PSB). O evento, realizado no teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa, teve a presença do presidenciável Henrique Meirelles (MDB) e de seu vice, Germano Rigotto (MDB), além de José Paulo Cairoli (PSD), vice-governador do Estado e companheiro de chapa de Sartori. A coligação, chamada de “O Rio Grande no Rumo Certo”, conta com o MDB, PSD, PSB, PR, PSC, Patriota, PRP, PMN e PTC.