O caso das denúncias de caixa 2 na campanha do prefeito Cássio Taniguchi (PFL) à reeleição, em 2000, sepultado há duas semanas por decisão do Superior Tribunal Eleitoral, não é uma unanimidade entre os peemedebistas. Enquanto um grupo pretendia utilizar as denúncias como um dos principais discursos contra o prefeito na campanha eleitoral, outros repudiavam a idéia. O deputado Max Rosenmann manifestou-se a respeito em pronunciamento feito ontem, na Câmara Federal, em desagravo ao prefeito.
Segundo ele, criou-se o hábito de lavantar acusações contra políticos, em especial no período que antecede as eleições, sem provas consistentes: ?Parte desse problema vem do fato de não termos uma lei de imprensa adequada que estabeleça limites e punições para aqueles que acusam de forma irresponsável?. Citando como exemplo jornais apócrifos que aparecem durante as campanhas eleitorais, disse que o Brasil não pode continuar sendo uma sociedade ?que vive de sobressaltos, em que se perde tempo acupando-se de denúncias infundadas que aparecem e somem no esquecimento a cada semana, destruindo pessoas, lares, famílias, sem que ninguém seja responsabilizado por isso?.
Afirmando que a imprensa, o Ministério Público e a Justiça são instituições fundamentais para a proteção da cidadania e do interesse público, ressalvou que elas não podem ser usadas como armas para a destruição de pessoas e carreiras, defendeu a criação de mecanismos que defendam o cidadão nesse tipo de ocorrência.
