Max Rosenmann denuncia quadrilhas ambientais

Já está nas mãos da procuradora-chefe da Procuradoria da República do Estado do Paraná, Renita Cunha Kravetz, cópia do ofício encaminhado pelo deputado Max Rosenmann (PMDB) ao procurador-geral da República, Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, denunciando ação de "quadrilha ambiental" na criação de reservas.

Na queixa-crime encaminhado ao procurador, Rosenmann aponta a existência de uma verdadeira "quadrilha" envolvendo dirigentes de ONGs ambientais e ocupantes de cargos de confiança do governo federal no processo de criação de unidades de conservação para a proteção de araucárias no Paraná e em Santa Catarina. Com base em documentos oficiais e informações levantadas em audiências públicas, acusa as ONGs e funcionários públicos de manipular o processo de demarcação das reservas de acordo com seus próprios interesses, incluindo a obtenção de recursos para essas entidades.

"Essas pessoas têm se revezado ora na direção de ONGs, ora em cargos de confiança do Ministério do Meio Ambiente, manipulando a definição dessas reservas que depois servem de pretexto para que verbas públicas sejam destinadas a essas entidades para supostos projetos de preservação. É uma relação incestuosa que mistura interesses pessoais, ideológicos e financeiros, sob um falso discurso ambientalista", diz.

O deputado lembrou que o processo de criação das unidades de conservação foi coordenado por Miriam Prochnow, ocupante de cargo de confiança do ministério, com apoio de entidades lideradas por ONGs, como a Apremavi, de Santa Catarina, então dirigida por seu marido, Wigold Schaffer, e pelo Instituto Sócio Ambiental – ISA- na época coordenado por João Paulo Capobianco, ex-presidente da ONG Mata Atlântica. Na republicação das portárias, Capobianco, já na condição de secretário de Biodiversidade do ministério do Meio Ambiente, atuou como coordenador, assessorado por Wigold Schaffer, desta feita na função de coordenador do Núcleo Assessor de Planejamento da Mata Atlântica do ministério, que fora ocupada por sua mulher, Miriam Prochnow.

Rosenmann diz que o grupo de trabalho responsável pela definição das regras de conservação, que deveria ter ampla representatividade dos segmentos envolvidos, foi montado quase que exclusivamente com militantes diretos ou indiretos das ONGs que haviam atuado na coordenação das polêmicas portarias iniciais. Citou como exemplo a jornalista Tereza Urban, ora representando a Rede Verde do PR, ora a Mater Natura, e a SPVS, ONG de Curitiba que nunca trabalhou no bioma das araucárias.

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