O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, encaminhou ao diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, a denúncia-crime feita pelo deputado federal Max Rosenmann (PMDB), contra dirigentes de ONGs ambientais, acusados de se aliarem a funcionários do Ministério do Meio Ambiente para manipular o processo de criação de unidades de conservação para a proteção de araucárias no Paraná e Santa Catarina. As informações também estão sendo analisadas pela procuradora da República do Paraná, Renita Cunha Kravetz, que recebeu os documentos do procurador-geral da República, Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, para análise e providências.
A denúncia, baseada em documentos colhidos pelo deputado e encaminhados ao Ministério Público aponta a existência de uma verdadeira "quadrilha" envolvendo dirigentes de ONGs ambientais e ocupantes de cargos de confiança do governo federal na criação dessas reservas.
As informações apontam provas de conluio entre integrantes dessas organizações e órgãos envolvidos para fazer com que o processo de demarcação das áreas fosse feito de acordo com seus próprios interesses, incluindo a obtenção de recursos para essas entidades.
A iniciativa de Max também repercutiu entre lideranças, entidades e setores afetados pela criação das reservas. O deputado recebeu um grande número de manifestações de apoio de prefeitos, vereadores, cooperativas, dirigentes partidários e agricultores por ter denunciado as irregularidades. "Registramos em nome do Conselho de Administração da Cooperativa Agropecuária Castrolanda, nossos cumprimentos pela sua atuação denunciando as irregularidades, mentiras e vícios que marcam o processo de criação das oito novas Unidades de Conservação no Paraná e Santa Catarina", apontou em correspondência a direção da Castrolanda. "Analisando a denúncia feita por Vossa Excelência e considerando as dificuldades que presenciamos, percebemos que vivemos diagnósticos semelhantes e que a preservação ambiental vem se transformando em instrumento de coação penalizando todo o sistema de produção", registrou a Cocamar Cooperativa Agroindustrial.