Moraes, com Oliveira: aposta no 2.º turno. |
O candidato do PL a prefeito de Curitiba, deputado estadual Mauro Moraes, conduziu ontem mais uma carreada do Movimento Curitiba Sem Violência. O ato foi realizado em três bairros: Barreirinha, Boa Vista e São Lourenço. Logo cedo, o deputado tomou café da manhã com lideranças do bairro Sítio Cercado em seu escritório no Bairro Novo. À tarde, Mauro Moraes fez uma caminhada no Parque Bacacheri e, à noite, participou da inauguração do comitê de campanha de um dos candidatos a vereador do PL.
Crítica
Anteontem, o presidente do Diretório Estadual do PL no Paraná, deputado federal Oliveira Filho, informou que seu partido fez uma previsão de gastos na campanha considerando a possível ida de Mauro Moraes ao 2.º turno, com gastos estimados em R$ 450 mil para o 1.º turno. “No PL, nunca existiu e nunca vai existir este negócio de caixa 2”, comentou.
Também causou estranheza ao presidente do partido os valores máximos estipulados que foram apresentados à mídia por “algumas candidaturas apoiadas por máquinas oficiais”. Ele disse, porém, que “isto não é problema nosso, mas do TRE”.
Ainda segundo o presidente estadual do PL, a previsão realizada de gastos é otimista (R$ 10 milhões). “Temos certeza que levaremos nosso candidato ao segundo turno”. O deputado Oliveira Filho disse, também, que a candidatura de Mauro Moraes à Prefeitura não vai gastar nem 5% do valor máximo estipulado, no 1.º turno. Para o presidente do PL, o que não pode haver são previsões enganosas.
Moraes também considerou como fora da realidade as previsões de gastos de outras candidaturas. “É um absurdo acreditar que candidaturas oficiais, apoiadas por máquinas administrativas, gastarão tão pouco. Todos sabem o alto custo da mídia eletrônica e dos orçamentos milionários apresentados por marqueteiros conhecidos, sem falar das centenas de candidatos a vereador e os extensos horários das coligações no rádio e na televisão. Já no início da campanha há quem queira enganar a população”, lamentou.
Para o candidato do PL, se os gastos anunciados pelos concorrentes fossem verdadeiros, seria uma maneira de “todos disputarem as eleições em igualdade de condições”. “O melhor mesmo seria se não houvesse horário gratuito de rádio e televisão e os candidatos tivessem que trabalhar no corpo-a-corpo, apresentando suas propostas e disposição de trabalhar. Aí sim, as eleições seriam disputadas de forma justa”, afirmou. Moraes acredita que participando do segundo turno, as candidaturas se igualam, porque o tempo de televisão é o mesmo entre os dois finalistas e as discussões ficam mais acirradas. “É quando se joga pelo tudo ou nada e os gastos aumentam muito com as previsões de doações”.