Mauro (esq.), com Requião
e Vanhoni: agora, juntos.

O deputado estadual Mauro Moraes (PL) formalizou ontem o apoio à candidatura do deputado Angelo Vanhoni (PT) à prefeitura de Curitiba em um ato político. O governador Roberto Requião (PMDB) deu as boas-vindas a Moraes, que fez 44.489 votos, ou 4,73% dos votos válidos no primeiro turno das eleições.

No anúncio oficial, Moraes disse que fez uma escolha coerente com a posição da direção nacional do PL. O deputado afirmou que atendeu a um pedido do vice-presidente da República, José Alencar, e do presidente nacional da sigla, deputado federal Waldemar Costa Neto. No Paraná, a direção estadual do PL liberou os apoios no segundo turno da eleição.

Moraes disse que historicamente sempre transferiu seus votos para os candidatos que apóia. “Tenho um eleitor bem definido que vai me acompanhar. Nosso adversário (o tucano Beto Richa) está um pouco à frente, mas nós vamos tirar a diferença na primeira semana”, afirmou o deputado. Ele acrescentou que sua adesão à campanha de Vanhoni não envolveu acordo de participação numa futura administração se o petista vencer a eleição e que sua contribuição se dará nas visitas conjuntas com o candidato pelos bairros de Curitiba. Vanhoni disse que espera receber os votos dados a Moraes e que vai tentar conquistar o eleitor de Rubens Bueno (PPS). Vanhoni observou que as siglas de oposição à atual administração fizeram a maioria dos votos no primeiro turno, cerca de 57% e disse que essa fatia da população rejeitou tanto Beto Richa como Osmar Bertoldi (PFL), que identifica como candidatos vinculados ao atual prefeito.

“Eu sabia que você não ia com o Beto Taniguchi”, disse Requião, ao cumprimentar Mauro Moraes. “Neste segundo turno, o confronto é direto. Ninguém vai conseguir esconder que o Beto Richa é o vice-prefeito do Cassio Taniguchi e que seu vice foi secretário de Saúde durante seis anos desta administração. Beto Taniguchi é o verdadeiro nome político do adversário”, disse.

Requião foi cauteloso ao comentar a decisão de Rubens Bueno (PPS), de não apoiar nenhum dos dois candidatos. “Eu nunca fui neutro na minha vida. Mas respeito a posição dele”, afirmou o governador. Mas ao ser informado que Bueno prefere a expressão “independência” para definir sua postura, Requião reagiu: “Se a posição dele é de independência, então ele é contra a candidatura de “Beto Taniguchi”, disse.

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