O secretário da Educação, Maurício Requião (PMDB), reuniu-se anteontem com a bancada estadual do PT para conversar sobre a possibilidade de ter o apoio dos seis deputados do partido à sua indicação para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas. Maurício foi à liderança do PT a convite dos deputados e da presidente estadual do partido, Gleisi Hoffmann.
Maurício confirmou aos petistas sua intenção de disputar a vaga de conselheiro, que será aberta com a aposentadoria de Henrique Naigeboren, a partir de junho. O cargo já tem outros dois pretendentes na Assembléia Legislativa, que tem a prerrogativa da indicação: os deputados Durval Amaral (DEM) e Caíto Quintana (PMDB). Outros nomes ainda poderão se apresentar, quando as inscrições forem abertas.
Como Quintana e Amaral têm simpatizantes entre os petistas, a bancada resolveu conversar com o secretário para saber se sua candidatura é para valer. Até agora, o secretário não havia feito nenhum contato direto com os deputados para construir sua candidatura. A tarefa vinha sendo exercida pelo governador Roberto Requião (PMDB), que conversou com vários deputados do PMDB sobre a indicação do secretário da Educação para o Tribunal de Contas.
O PT não definiu ainda o seu apoio. Em eleições anteriores para o cargo, o partido não fechou questão e o voto foi livre. Desta vez, como há dois candidatos da base aliada, o partido estuda tomar uma decisão conjunta. O líder da bancada do PT, professor Luizão Goulart, disse que todos os pretendentes estão sendo ouvidos e que o perfil de cada um será um dos critérios para definir o voto.
O primeiro a se encontrar com os deputados do PT foi o deputado Caíto Quintana. ?Nós temos uma afinidade maior com o Maurício, mas nenhuma decisão ainda foi tomada?, afirmou o líder da bancada, informando que também está em análise o apoio a Amaral, o primeiro a lançar sua candidatura ao TC.
Disputa
A bancada do PMDB também está ?pisando em ovos? quando o assunto é a escolha do futuro conselheiro. Quintana é um dos mais antigos deputados do partido, mas considera a entrada do secretário da Educação na disputa um obstáculo à sua pretensão. Por enquanto, está tentando convencer os peemedebistas de que sua candidatura tem trânsito livre entre todas as bancadas.
Na conversa mais recente que teve com os peemedebistas, Quintana ficou de apresentar uma lista dos seus apoios em plenário. Pela primeira vez na história da Assembléia Legislativa, o novo conselheiro será decidido em voto aberto. O que dá mais peso às listas prévias de apoio.