Mauricio Requião denunciou irregularidades

A má utilização de recursos que deveriam ser utilizados para a capacitação profissional não é novidade no Estado do Paraná. Em 1998, o secretário de Estado da Educação, Maurício Requião, quando era deputado federal, denunciou o desvio de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) pela Secretaria de Estado do Trabalho. Esquema consistia na contratação sem licitação de empresas que realizariam cursos profissionalizantes. “Mas os cursos não aconteciam, apenas eram apresentadas listas frias com o nome de supostos alunos”, contou Maurício. O secretário lembrou que a denúncia foi feita ao órgão corregedor do governo Federal, ao Ministério Público e ao Ministério do Trabalho. “Mas infelizmente essas denúncias não renderam em nada. Porém, nada impede que novas investigações sejam feitas”, afirmou, destacando que não está a par do desvio de recursos do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Nesta semana a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) deve encaminhar ao Ministério Público Estadual material sobre o desvio de R$ 7,5 milhões do IEL. Uma auditoria feita no Sistema Fiep apontou para o desvio nos recursos que o IEL recebe do Sesi e do Senai. Notas frias do Centro Integrado de Tecnologia do Paraná (Citpar), uma sociedade civil sem fins lucrativos, estavam sendo usadas para justificar os gastos do IEL. Há suspeitas de que existia um grande esquema de desvio de recursos envolvendo secretarias de Estado da gestão passada, sindicatos e o Citpar.

Em maio e junho de 2003, a 2.ª Inspetoria de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado pediu a impugnação de despesas efetuadas pelo ex-secretário especial de Assuntos Estratégicos do governo do Estado na administração Jaime Lerner (PSB), Alex Beltrão.

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