O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), vice-líder do governo na Câmara, esteve com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, após a divulgação, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, da segunda denúncia contra o presidente. Marun disse, na saída, que Temer reagiu sem surpresa ao encaminhamento da denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) e informou que não há decisão sobre um eventual afastamento provisório dos ministros acusados na mesma denúncia: Moreira Franco, da Secretaria Geral, e Eliseu Padilha, da Casa Civil.

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“O presidente não disse se afastaria ministros no contexto que vivemos hoje”, disse Marun, um dos mais atuantes membros da tropa de choque do governo. “Se eu fosse o presidente, não afastaria ninguém em função dessa denúncia”, disse o deputado, classificando como um “desejo de retaliação quase insano” a denúncia apresentada hoje por Janot, que deixa o cargo no domingo.

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Carlos Marun lembrou que para afastar o presidente Temer serão necessários 342 votos na Câmara. “Não existe o mínimo risco de que o presidente venha a ser afastado baseado numa denúncia como essa”, afirmou, prevendo que a análise do caso deverá se estender por cerca de três semanas. “As denúncias do Janot já nos atrapalharam bastante e vão nos atrapalhar por mais uns vinte dias.”

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“Vamos enfrentar (a denúncia) com a certeza da razão do nosso lado e em breve derrotar na Câmara (o requerimento de Janot); nós, da Câmara, temos pressa”, afirmou o deputado, acrescentando que o governo ainda não chegou a um consenso sobre os “aspectos políticos e jurídicos da estratégia de defesa.