Exonerado do cargo de ministro-chefe da Secretaria de Governo no último dia do mandato, o deputado Carlos Marun (MDB-MS) afirmou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o presidente Michel Temer entendeu que ele possui os “predicados” necessários para se tornar conselheiro da Itaipu Binacional. Marun também alegou que é importante seu Estado ter um representante no Conselho e que a função permitirá seu afastamento da política.

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Marun foi indicado pelo presidente Michel Temer para mandato no Conselho até maio de 2020. Ele garantiu que já renunciou ao mandato de parlamentar, que teria duração até fevereiro, e pediu afastamento de suas funções no MDB nos diretórios nacional e estadual.

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“É uma vaga que me interessa em função de que Itaipu passou a ter importância muito grande na vida de Mato Grosso do Sul principalmente em função da construção da ponte entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (Paraguai)”, justificou Marun, citando uma das obras prioritárias do final do governo Temer. Ele também destacou que o lago de Itaipu também atinge o Estado, e, portanto, “é positivo e importante até que MS esteja presente em Itaipu”.

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Em entrevista ao Broadcast em julho, Marun disse que iria tirar pelo menos 30 dias de férias após deixar o cargo de ministro para, depois, exercer a advocacia. Ele reafirmou a intenção de voltar a atuar como advogado, mas respeitando um intervalo de seis meses.

“Em segundo lugar, (ser conselheiro) é uma função que me permite advogar. Vencida a quarentena de 6 meses por ter exercido função de ministro de Estado, eu poderei advogar. E, como terceiro aspecto, essa função me obriga também o afastamento da política, o que vem de encontro com essa decisão de me afastar da política por um tempo.”

Marun contou ao Broadcast que discutiu o assunto com Temer após o pedido de demissão de Frederico Matos de Oliveira do governo e da função de conselheiro da Itaipu, na última quinta-feira. Temer, então, teria dito a Marun que a vaga o interessaria.

O Conselho de Administração da empresa é constituído por 14 membros, sete do Brasil e sete do Paraguai. O Tratado de Itaipu estabelece que “a qualquer momento, os governos poderão substituir os conselheiros que houverem nomeado”.