A senadora Marta Suplicy (PT-SP) reconheceu hoje que alguns dos pontos mais importantes da reforma política, chamados por ela de “núcleo da questão”, devem enfrentar dificuldades para serem aprovados pelo Congresso Nacional. Na avaliação da petista, deverão ser aprovados apenas os temas sobre os quais existe consenso.
“Agora, questões como participação em lista fechada, voto proporcional e voto distrital, aí é que aperta”, disse Marta, antes de participar de audiência pública do Senado promovida na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.
A senadora observou que, em relação à dificuldade de aprovação desses temas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva talvez tenha razão. No fim de maio, Lula disse em encontro com dirigentes de centrais sindicais que a tendência é de que não haja a esperada reforma política por conta das divergências no Congresso. “Uma parte da reforma política, que é mais fácil e de consenso, vai acontecer”, disse Marta. “Mas, sobre a outra, talvez o ex-presidente Lula tenha razão”.
Nobel da Paz
A senadora preferiu não se estender nos comentários a respeito da decisão da presidente Dilma Rousseff de não receber a advogada iraniana Shirin Ebadi, ativista dos direitos humanos e vencedora do Nobel da Paz. “Não sei qual vai ser a posição da presidenta, não estou a par”, afirmou.