Em uma disputa direta por uma vaga no segundo turno, os candidatos Marta Suplicy (PMDB) e João Doria (PSDB) afirmaram no domingo, 18, no debate promovido em parceria pela TV Gazeta, o jornal O Estado de S. Paulo e o Twitter, que não vão aumentar a tarifa de ônibus caso sejam eleitos. Em São Paulo, o preço da passagem é de R$ 3,80, valor custeado por meio de uma política de subsídio que consome R$ 2 bilhões por ano do orçamento municipal.

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Em posição de empate técnico na última pesquisa Ibope, Marta e Doria não explicaram se pretendem congelar a tarifa pelos quatro anos de governo ou apenas em 2017. Também não deixaram claro como conseguirão verba orçamentária para ampliar o subsídio. Os R$ 2 bilhões já gastos representam cerca da metade da capacidade de investimento da Prefeitura.

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“Não vou aumentar tarifas, mas também não vou tirar o que foi conquistado. Passe livre é uma conquista, o direito do idoso também é uma conquista, não vamos mexer. Vamos ter que criar outra oportunidades para a Prefeitura bancar tudo isso”, disse Marta, que prometeu ainda concluir a licitação do transporte público, em processo há três anos, e reduzir o tempo de espera entre os ônibus.

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“A Prefeitura tem que pensar no trabalhador, tem que pensar nas pessoas que estão se beneficiando com o subsídio, é exatamente isso, para cuidar de quem tem menos, cuidar de quem mais precisa.”

Doria afirmou que vai manter o subsídio. “É um programa social que é importante, que seja mantido nas condições que se encontra. Não faremos nenhum tipo de alteração nas tarifas de ônibus. Vamos procurar integrar ainda mais o serviço do Município, com os ônibus, com o serviço do Estado, com os trens”, disse.

Ao também ser questionado sobre transporte público, Celso Russomanno (PRB) não entrou na discussão sobre tarifa, mas falou em aumentar o número de micro-ônibus usados em linhas dentro de bairros.

Uber. Principal crítico da regulamentação feita pela gestão Fernando Haddad (PT) para serviços de transporte privado de passageiros como o Uber, Russomanno voltou a dizer que não vai acabar com o aplicativo, caso eleito.

“Eu não sou contra o Uber, eu sou contra que o motorista trabalhe horas por dia sem dinheiro ou descanso, ou de uma empresa de aplicativos levar 25% do motorista. Quem ganha nesse processo com a quantidade imensa de carros é apenas a empresa. Cadê os direitos trabalhistas?”, questionou.

Marta também entrou na discussão, acusando Haddad de não divulgar dados sobre a frota autorizada de Uber na cidade – uma resolução publicada pela Prefeitura na semana passada, assegurando sigilo sobre as informações, acabou desautorizada por Haddad após vir a público. A candidata disse que o petista não é transparente na questão. O petista rebateu, dizendo que vai publicar os dados assim que os tiver em mãos, e que a Uber entrou com ação na justiça para evitar repassar as informações à administração municipal.

Russomanno ainda mencionou o fato de um dos sobrinhos de Haddad, Guilherme Haddad, trabalhar na empresa. “Seu sobrinho trabalha lá. Tem todos os dados.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.