Maringá, entre buracos e dívidas

A exemplo de prefeitos de vários municípios do Paraná, a situação financeira encontrada pelo prefeito Silvio Barros (PP) ao assumir Maringá não é das mais agradáveis. Apesar do balanço financeiro ainda não estar concluído, Barros já tem parâmetros para definir as primeiras ações de seu governo. Antes mesmo de Barros assumir, o Partido Progressista realizou uma vistoria técnica em todas as vias da cidade e em 59 obras. Pelo resultado dessa vistoria, o município precisará investir R$ 36 milhões para arrumar quase 230 quilômetros de vias que estão em estado péssimo de conservação. Além disso, mais R$ 5 milhões seriam gastos para solucionar problemas em outras obras.

Conforme o secretário de governo de Maringá, José Buzato, a vistoria foi enviada para análise ao Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação da cidade. "Existem pontos na cidade em que o número de acidentes é muito grande. Eles são coincidentes com as más condições do asfalto. Essas devem ser nossas prioridades", adiantou Buzato. "O município está no vermelho. Descobrimos que temos R$41 milhões em dívidas para serem pagas a curto prazo. Depois de verificar todas as contas, iremos ver qual passo daremos para solucionar os problemas da cidade", revelou.

Paranaguá

A falta de pagamento do salário de dezembro para 64% dos servidores de Paranaguá será resolvida hoje. A Prefeitura está disponibilizando R$ 1,2 milhão- referente ao valor líquido devido- para os funcionários municipais. Da dívida de 3,7 milhões de reais com a folha de pagamento dos funcionários da Prefeitura de Paranaguá, apenas R$ 1,8 milhão foi pago no final de dezembro pela antiga gestão.

O prefeito da cidade, José Baka Filho (PDT), realizou uma reunião ontem para anunciar o repasse do valor para os servidores. Segundo Baka, os recursos dos Fundos Municipais estão sendo utilizados para pagar esta conta. Para se ter uma idéia do drama vivido pelos funcionários, dois deles chegaram a desmaiar, nesta semana, em seus locais de trabalho, por falta de alimentação.

Fazenda Rio Grande

Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, é exceção em relação à administração. O prefeito Antonio Wandscheer (PPS), o Toninho da Fazenda, foi reeleito. Mesmo assim, ele disse que encerou 2004 como se fosse passar o cargo a outra pessoa. "Nós zeramos as contas. Pagamos o décimo terceiro em 1.º de dezembro e o salário de dezembro no dia 23", contou, destacando que seguiu à risca o que prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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