A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, preferiu não comentar o fato do deputado Sarney Filho (PV-MA) não apoiar sua campanha no Maranhão, embora seja integrante histórico da cúpula do partido. Marina disse que sua candidatura não tem apoio de representantes “da velha política brasileira”, numa referência ao ex-presidente e atual senador José Sarney (PMDB-AP), mas que Zequinha não poderia ser julgado “pelo seu DNA”. “Você não pode julgar as pessoas pelo DNA até porque essa não é uma escolha que se faça. Imagina se eu fosse filha de um presidiário e você achasse que, em função disso, eu teria a mesma condição”, disse.
Marina lembrou que o deputado é um ambientalista respeitado e que foi um dos entusiastas de sua filiação ao PV e de sua candidatura à Presidência da República. “Não podemos ter uma visão preconceituosa que o fato de sermos filhos de alguém ou amigos de alguém, isso nos transforma na mesma pessoa”, disse. A candidata afirmou que sua campanha vem sendo conduzida “pela sociedade” e que ela desconhece a informação de que Zequinha não tem feito campanha pelo PV no Maranhão.
A candidata defendeu a criação de “uma política inovadora” e criticou os velhos paradigmas que dominam o sistema nacional. “Os aliados de 500 anos de política velha irão fazer o mesmo que já fizeram durante esses 16 anos em relação à velha política. Esses não estão comigo mesmo”, disse Marina, ao referir-se indiretamente a José Sarney e ao PSDB e ao PT, que ocuparam a Presidência da República ao longo desse tempo.
Marina participou hoje de café da manhã na casa de Neca Setúbal, uma das organizadoras de sua campanha, que reuniu aproximadamente 50 mulheres, a maioria de educadoras.