Um encontro com cerca de 500 membros do Movimento Marina Silva marcou o encerramento, em Belo Horizonte, da agenda da pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva (AC). No evento, a senadora respondeu a perguntas selecionadas entre as mais de 300 enviadas pelo site da organização, que conta com mais de 15 mil integrantes de todas as idades espalhados pelo País. O debate contornou o tema “Um jeito novo de fazer política” e sobre o assunto a senadora acredita que é o que realmente está acontecendo com sua candidatura.

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“A sociedade está se movimentando de forma transpartidária para além das fronteiras do PV, preocupadas com o futuro do Brasil, apresentando suas ideias e propostas”, disse. Este foi o primeiro encontro realizado pelo movimento, desde sua fundação em 2007. “A maior contribuição que isso traz para a campanha é fazer com que as pessoas voltem a se encantar com a política. A maioria está desencantada em função de escândalos e descasos”, explicou.

A senadora defendeu o desenvolvimento socioeconômico desde que sejam levadas em consideração as regras impostas pela legislação e usou a extração do minério de ferro em Minas Gerais como um dos exemplos. “Pode-se fazer mineração, desde que se cumpra a regulamentação. Até em conto de fadas é assim: tem que beijar o sapo antes de beijar o príncipe. As pessoas já querem o príncipe direto. Assim não dá, é preciso seguir as normas”. E ilustrou cutucando o atual presidente. “Tanto faz o príncipe ser barbudo ou não. É uma brincadeira que estou fazendo com o nosso presidente”, divertiu-se.

Sobre o possível apoio do PV à candidatura de Aécio Neves (PSDB) ao Senado, Marina Silva manteve o discurso de que o partido está orientado a ter chapa majoritária em todos os Estados. “Já temos a definição da pré-candidatura do deputado federal José Fernando de Oliveira (PV) ao governo de Minas e que começamos um debate interno sobre a possível candidatura do vereador Leonardo Mattos”, disse. Marina Silva voltou a dizer que o Brasil não precisa de gerentes, com currículo.

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“Tanto a Dilma quanto o Serra têm uma visão desenvolvimentista. O Brasil precisa de gente com visão estratégica e é essa pessoa que vai selecionar os gerentes. Temos que ter uma visão a longo prazo, sempre pensando no cuidado com o meio ambiente “, afirmou.