A candidata à Presidência da República Marina Silva (Rede) disse nesta sexta-feira, 31, no Rio, que o eleitor precisa de uma decisão rápida do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso pela Lava Jato. O julgamento será nesta sexta.

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“Estamos vivendo uma situação muito complicada, em que o eleitor ainda não tem muita clareza sobre qual é a definição do processo eleitoral. A Justiça tem que dar uma resposta, dar celeridade ao processo”, afirmou, citando a Lei da Ficha Limpa e a inelegibilidade de Lula.

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“Todos os candidatos estão expondo suas propostas e existe um campo que não está dialogando com a sociedade, porque há um impedimento legal. Tem que decidir o quanto antes, para que a gente não crie mais confusão na cabeça do eleitor, que já está bastante indignado e desacreditando de muitos partidos e lideranças políticas”, defendeu a candidata, que falou a empresários na Casa da Federação das indústrias do Estado do Rio.

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Pesquisa do Datafolha divulgada semana passada mostra Marina em terceiro lugar no cenário que inclui o ex-presidente e em segundo com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como candidato petista. No primeiro, Lula tem 39% das intenções de voto, Jair Bolsonaro (PSL), 19%, e Marina, 8%. No segundo, Bolsonaro aparece com 22% e Marina, com 16%.

Foram ouvidos 8.433 eleitores em 313 municípios brasileiros nos dias 20 e 21. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95% (o que quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os números conferirem com o momento atual da campanha, considerado esta margem de erro).

Falando de decisões de governos petistas na gestão de investimentos públicos, a candidata disse que o BNDES tem que ser instrumento de melhoria de vida dos mais pobres. “No serviço público não pode ter caixa preta; quanto mais transparência, melhor. Não pode dar R$ 1 trilhão para os amigos do rei. O BNDES é importante para investir em moradia popular e saneamento básico”.