A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou neste domingo, 6, em Oxford, na Inglaterra, que é contra a privatização da Petrobras. Sobre a Eletrobrás, no entanto, disse desconhecer o conteúdo do processo. “Não tenho dogma contra privatizações. Só não entendo o que se está propondo”, disse durante o período de perguntas e respostas no Brazil Forum UK, um seminário anual no Reino Unido que tem o Brasil como tema.
Segundo ela, o processo de venda da distribuidora estatal vai de encontro com a direção que o Brasil parecia caminhar rumo à matriz energética limpa. “O que a Eletrobras faz é distribuição e barragem. É isso o que queremos falar (de mensagem)?”, questionou, acrescentando que os potenciais investidores da empresa vão querer saber e que a política de planejamento energético do Brasil é uma “caixa preta” de tão fechada.
A ex-ministra também criticou o momento da venda da Eletrobrás, dizendo que um ativo desse porte não pode ser desfeito em um momento de dificuldade, para “tapar buraco”, sem que haja um retorno para a sociedade. “Ativos públicos são uma safra que só dão uma vez, e precisamos saber o que vai acontecer com eles”, afirmou.
Quando começou a responder sobre uma pergunta do público em relação à Eletrobrás, a ex-senadora se equivocou com o nome das estatais e citou a Petrobras no início da resposta, se emendando na sequência. “Sobre a Petrobras, já adianto: sou contra.”