A ex-ministra Marina Silva registrou em cartório na manhã desta quarta-feira o estatuto e o programa partidário da Rede Sustentabilidade. Com o registro, é oficializada a intenção de criar um partido político. A futura candidata à presidente da República em 2014 disse que enquanto seus adversários estão batendo boca publicamente, ela se sente “feliz por estar discutindo propostas”. Para ela, “focar apenas nas eleições é o que faz a política ficar estagnada”.
Assim como para a presidente Dilma Rousseff e para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a campanha eleitoral de Marina também já começou, mas em vez de pedir votos, ela clama por assinaturas. Para todos que querem autógrafos, fotos ou apenas cumprimentá-la, ela repete a frase: “Ajude a gente com as assinaturas, hein?”. Ela precisa de 500 mil para conseguir oficializar a Rede como um partido.
O deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ) também criticou a antecipação da campanha dos adversários. Para ele, o debate prematuro em ano ímpar prejudica a atuação do governo. “Daqui a pouco vai ser a presidente brigando com o governador de Pernambuco (Eduardo Campos) e quem vai sofrer é o povo pernambucano.”
O estatuto registrado nesta quarta-feira informa que “a Rede é uma associação de cidadãos e cidadãs dispostos a contribuir voluntária e de forma colaborativa para superar o monopólio partidário da representação política institucional, intensificar e melhorar a qualidade da democracia no Brasil e atuar politicamente para prover todos os meios necessários à efetiva participação dos brasileiros e brasileiras nos processos decisórios que levem ao desenvolvimento justo e sustentável da Nação, em todas as suas dimensões”.
A obtenção do registro de pessoa jurídica consiste no primeiro passo para posterior registro no Tribunal Superior Eleitoral como partido político. O registro foi feito no 1º Cartório de Registro de Pessoa Jurídica de Brasília.