Terceira colocada na disputa à Presidência da República, a candidata do PV, Marina Silva, evitou adiantar qual será o seu futuro político nos próximos anos. Ela afirmou que essa é a grande diferença entre a velha e a nova política que o PV pratica – que, segundo ela, não faz as coisas de “caso pensado”. “É o processo que vai indicar quais serão os meus próximos passos”, disse a candidata, após discursar para militantes do partido em um espaço cultural na capital paulista.
Segundo Marina, o seu intuito daqui para a frente é fortalecer a sua plataforma de desenvolvimento sustentável, exposta por ela durante a campanha. “As eleições mostraram que a questão da sustentabilidade não é algo de uma minoria. Sabe o que faltava para isso ficar claro? Faltava uma eleição. Porque a eleição mostra muito mais do que as pesquisas.”
Sobre o seu desempenho no pleito, Marina disse que sempre sentiu que poderia ser melhor do que mostravam as pesquisas. “Ainda bem que não nos rendemos às circunstâncias. Se tivéssemos nos rendido às circunstâncias, não teríamos alcançado quase 20% dos votos”, afirmou.
A candidata PV disse que voltará para os movimentos da sociedade civil, que, alegou, são maiores que o partido dela. “Sempre atuei na política institucional e na política social. É isso que vou fazer quando voltar a ser professora.” Questionada se haveria interesse de ser presidente do PV, ela desconversou sobre o tema.
Marina ainda comentou que o seu desempenho surpreendente na eleição não se deve aos problemas enfrentados pela candidata Dilma Rousseff (PT) nas últimas semanas, como os escândalos de tráfico de influência na Casa Civil. “As pessoas votaram em mim porque se identificam comigo”, disse a candidata, ressaltando que a sua campanha evitou entrar no vale-tudo político e manteve a coerência. “Foi acertado não ir para o vale-tudo eleitoral. E foi acertado perder ganhando.”