A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, será homenageada em dois jantares promovidos pela comunidade judaica de São Paulo e pelo advogado Pierre Moreau, um dos sócios da Casa do Saber, famoso centro de debates extra-acadêmicos da cidade. O jantar com a comunidade judaica está marcado para a próxima segunda-feira (16), na casa do empresário Roberto Klabin. Já o encontro com os “formadores de opinião” será no dia 24 e reunirá um seleto grupo de empresários e intelectuais num restaurante dos Jardins, região nobre da capital paulista.

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No encontro do dia 24, os “amigos da sustentabilidade” – como são chamados os doadores pela coordenação de campanha – pagarão R$ 5 mil para jantar no Antiquarius, restaurante de comida portuguesa e considerado um dos melhores da cidade. O restaurante tem capacidade para receber 110 convidados, ou seja, se houver 110 pagantes, Marina arrecadará R$ 550 mil só numa noite.

O jantar será precedido de uma palestra da candidata sobre sua trajetória pessoal e profissional. O anfitrião Pierre Moreau convidou empresários, executivos do mercado financeiro e frequentadores da Casa do Saber. Pierre é um dos simpatizantes da candidatura de Marina e foi o idealizador do evento que levantará fundos para a campanha do PV. Procurado para falar sobre o evento, o advogado preferiu não se manifestar.

Outro evento que deve “turbinar” o caixa da campanha verde é o encontro entre a candidata e a comunidade judaica. Embora seja evangélica e tenha perdido parte do apoio de sua igreja, a Assembleia de Deus, para a candidata do PT, Dilma Rousseff, Marina será recebida pela comunidade num jantar. Fábio Feldmann, candidato ao governo de São Paulo pelo PV, e Roberto Klabin, que chegou a ser cotado para ser vice na chapa de Marina Silva, organizaram o encontro. Klabin é empresário do setor de papel e celulose e presidente da Fundação SOS Mata Atlântica.

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A coordenação da campanha de Marina sustenta que a candidata participa destes eventos para divulgar suas propostas e que ela não está envolvida diretamente com as arrecadações. “Não é uma relação pessoal (da candidata com os doadores), é apenas a valorização (por parte dos doadores) da proposta”, disse João Paulo Capobianco.