No dia em que o Senado argentino aprovou o casamento gay no país, a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, defendeu o direito de cidadãos do mesmo sexo à união civil, mas admitiu que, por se orientar por princípios cristãos, é contrária ao casamento gay por considerar o matrimônio um sacramento. “É preciso separar as duas coisas”, afirmou.

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Marina disse respeitar os direitos civis dos homossexuais, como a divisão patrimonial e direitos previdenciários, mas disse não ter uma opinião formada sobre a adoção de crianças por casais gays. A candidata, que frequenta a Igreja Assembleia de Deus, reclamou que existe preconceito contra os evangélicos e disse que é preciso respeitar evangélicos e não evangélicos. “Acho que não se deve ter nenhum tipo de preconceito”, afirmou.

Ao ser perguntada sobre se adotaria o ensino religioso obrigatório na grade curricular das escolas, Marina disse que nunca defendeu a obrigatoriedade e lembrou que o “Estado brasileiro é um Estado laico, mas não é ateu”.

Camisinha

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Marina defendeu o investimento em ações preventivas contra doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência e em políticas de planejamento familiar. “Não é só distribuir camisinha”, declarou. Marina disse ser pessoalmente contra a legalização do aborto, mas defendeu que a questão deve ser discutida em âmbito nacional por meio de um plebiscito.

Perguntada sobre como orientava seus quatro filhos sobre o uso de camisinha, Marina desconversou. “Meus filhos são muito conscientes, desde a infância têm acesso a informação.”

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