A senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à Presidência da República, alertou ontem para o perigo da expansão da produção de etanol no Brasil. “Nós não temos de ser a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) dos biocombustíveis”, disse ela, em entrevista ao fim de viagem de três dias a Washington, nos Estados Unidos. “Nós vamos produzir o que é possível, sem risco para segurança alimentar e meio ambiente, e transferir tecnologias para outros países, na África e no Caribe.”.

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Marina defende a eliminação da tarifa norte-americana sobre o etanol brasileiro e abordou a questão em reunião ontem com Maria Otero, subsecretária de Estado para Democracia e Assuntos Globais. Mas a senadora afirmou que é preciso certificar o etanol brasileiro, para garantir que o combustível seja sustentável e evitar que concorrentes usem o desmatamento como desculpa para prejudicar o produto brasileiro.

“Não sei por que em oito anos de governo não se fez a certificação do etanol”, criticou. Segundo ela, ao certificar o etanol, é estabelecida uma cota de produção que não vai afetar a segurança alimentar e são observados critérios de respeito à legislação trabalhista e legislação ambiental. “Isso vai desconstruir o argumento daqueles que usam a questão ambiental para barrar nosso etanol”, disse. “Mas se continuarem as mesmas pessoas (no governo), vão ser mais oito anos perdidos.”

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