Se depender da vontade da senadora Marina Silva, pré-candidata à presidência da República pelo PV, o seu candidato a vice será o empresário Guilherme Leal, presidente da Natura, recentemente filiado ao partido. A declaração foi feita hoje em Porto Alegre, minutos antes de encontro com empresários, em reunião-almoço na sede da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul).

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“Eu fiz questão que ele se filiasse em tempo hábil pelo fato da contribuição, do ponto de vista político e social, como empresário que tem trabalhado a questão da sustentabilidade”. A senadora deixou claro que essa vontade também é do partido. “A pré-candidatura do PV é um processo político que precisa ser amadurecido”, disse Leal, que acompanhou Marina no encontro com empresários gaúchos.

Apesar da frustrada aliança eleitoral com o PSOL, Marina assegurou que manterá uma aproximação informal com o partido, pela afinidade com a ex-senadora Heloísa Helena: “Havia uma conversa entre os dois partidos, chegamos a constituir uma comissão para aprofundar o diálogo, mas sabíamos que era difícil. Não há um processo formal, mas há um diálogo, uma aproximação forte”.

A senadora criticou o que compreende estar se transformando em um plebiscito entre os governos de Fernando Henrique Cardoso e Lula nas próximas eleições presidenciais, para ver quem fez mais ou deixou de fazer. Falou também de estratégias de crescimento econômico com sustentabilidade. Nesse ponto, classificou como “conservadora” a postura do governo Lula. “Já aprendemos que é fundamental que tenhamos equilíbrio fiscal. O desafio é fazer com que este País possa ter desenvolvimento econômico gerando a energia necessária”.

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Questionada sobre seu plano de governo, admitiu inexistir uma proposta pronta, mas falou pontualmente de reforma tributária e criação de um imposto de renda ecológico, “que valorize os esforços dos que querem fazer mais e melhor”. “Não existe ainda uma plataforma de governo, o que seria artificial. Nenhum dos candidatos está fazendo isso. O que existe é um entendimento de que não vamos ter uma visão aventureira com relação às conquistas econômicas do País”, finalizou.

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