A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, criticou a política energética criada e gerenciada pela presidente Dilma Rousseff desde que ela assumiu o Ministério de Minas e Energia no primeiro governo do ex-presidente Lula. “É lamentável que o Brasil tenha, desde 2002, a ameaça do apagão. E digo lamentável, porque temos há 12 anos uma mesma pessoa à frente da política energética do nosso País, inicialmente como ministra de Minas, depois da Casa Civil e, agora, como presidente”, afirmou. “Essa política energética está custando caro ao povo brasileiro”, disse.
Marina considerou que o uso de usinas termelétrica para compensar a baixa dos reservatórios de hidrelétricas em períodos de seca, como atualmente, deve ser acionado para “eventualidades extremas” e não como componente fixo do grid energético como é feito há cerca de um ano. “Infelizmente, estamos sujando a matriz energética brasileira”, disse. “Os arremedos que estão sendo feitos com as térmicas para os momentos que são baixa dos reservatórios têm de ser reduzidos”, sugeriu.
Apesar da crítica, ela reconheceu que é difícil substituir neste momento as térmicas e que, caso eleita, vai “recorrer às fontes que já existem para fazer a complementação” representada pela baixa na produção das hidrelétricas.
A candidata expôs suas propostas para o setor, afirmando que a meta de um eventual governo seu será “aumentar as fontes de geração sustentáveis”. Marina afirmou ser importante “combinar o que temos (hidrelétricas) com outras fontes, como solar, biomassa e eólica”. “Temos o compromisso de resolver de forma estrutural esse problema que se arrasta desde 2001, com fontes sustentáveis para não ter a dependência quase exclusiva das hidrelétricas”, disse.