A ex-senadora Marina Silva negou na noite de segunda-feira (18) que esteja criando um partido para concorrer às eleições de 2014. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ela voltou a dizer que a candidatura à Presidência é apenas uma possibilidade e destacou que o registro da Rede de Sustentabilidade – partido que lançou no sábado – depende de uma “batalha jurídica”.

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“É uma possibilidade, porque nós só temos três meses para recolher as assinaturas, depois teremos uma batalha jurídica para conseguir o registro”, disse. A legislação determina que para poder disputar o pleito no ano que vem, o partido precisa coletar cerca de 500 mil assinaturas até setembro e submetê-las à análise do Tribunal Superior Eleitoral. Todo o processo tem de ser finalizado até um ano antes das eleições.

Perguntada se pensa em se filiar a outra legenda caso a Rede não saia do papel, ela não respondeu. “Vou insistir na ideia de que esse esforço não é puramente eleitoral. Depois de 2010, eu não fiquei só na agenda eleitoral, não fiquei na cadeira cativa de candidata.” No sábado (16), Marina afirmou que o novo partido não seria nem oposição, nem situação, nem de esquerda e nem de direita. A frase lembrou o que o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab falou ao criar o PSD. Na segunda, ao ser questionada se o novo partido seria um “PSD que não come carne”, a ex-senadora disse que já usava essa expressão desde 2010.

À tarde, em entrevista à Rádio Estadão, a ex-senadora disse que vai apostar na “transparência e visibilidade” como uma forma de evitar que fichas-sujas se filiem à nova legenda. “Que o processo de depuração seja feito pelo constrangimento ético daqueles que não estão de acordo com esse tipo de procedimento.”. Para Marina, quem não for ficha limpa será um “corpo estranho” dentro do novo partido. “Não vai ser a Marina colocando gente para fora e para dentro. Vai ser a própria Rede que vai se encarregar de fazer a rejeição desse organismo.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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