A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, rejeitou hoje a ideia de que seu discurso agrade mais aos doadores de campanha que o discurso de seu adversário tucano José Serra. “Eu faço o discurso que eu acredito, não é para agradar nenhum setor especificamente, é para fazer convergir os diferentes setores”, argumentou. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, na primeira prestação de contas da campanha ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a candidata verde informará uma arrecadação de R$ 4,65 milhões contra R$ 3,7 milhões de Serra. Marina perderá em arrecadação só para a petista Dilma Rousseff, que deverá declarar R$ 11,6 milhões.
Durante evento da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) em um hotel de São Paulo, Marina disse que o que vale é a prestação de contas no final da campanha e que não tem elementos para comentar a arrecadação dos outros candidatos. “O que eu posso dizer é que estou caminhando com dificuldades em termos da estrutura que temos, mas a maior estrutura e arrecadação que tenho é o capital humano”, disse.
Perguntado sobre sua participação nas doações à campanha, o vice de chapa de Marina, o empresário Guilherme Leal, dono de um patrimônio de R$ 1,19 bilhão, afirmou que tem colaborado, mas não revelou o quanto. “Tenho feito contribuições sim e os limites são éticos”, enfatizou. Para o empresário, o valor arrecadado até agora ainda não é representativo, mas o mais importante é a mobilização da militância. “Acho que o meu tempo dedicado, meu trabalho 7 por 24 é o maior capital que eu estou investindo.”