A candidata da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, disse nesta segunda-feira, 6, que é preciso aprimorar os marcos legais do licenciamento ambiental no Brasil. Ela lembrou da sua experiência como ministra do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para dizer que um licenciamento “bem feito” garante segurança jurídica.

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“Também é necessário, para a retomada dos investimentos em infraestrutura, garantir a segurança jurídica. Cabe aqui um comentário sobre o licenciamento ambiental. De saída, considero que os marcos legais sobre licenciamento precisam ser aprimorados para ganhar agilidade. Quando assumi o Ministério do Meio Ambiente, havia 20 hidrelétricas paradas no País por liminares judiciais. Criei uma diretoria de licenciamento no Ibama e licenciei as obras mais complexas”, disse. Segundo ela, o licenciamento ambiental pode ser mais ágil sem que isso represente perda de qualidade.

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Os argumentos da candidata foram apresentados em evento da Coalizão pela Construção, grupo formado por 26 entidades da indústria da construção. O encontro denominado “O Futuro do Brasil na Visão dos Presidenciáveis 2018” é organizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e tem objetivo de “conhecer as ideias e as propostas dos presidenciáveis para o Brasil e para a recuperação do setor”.

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No evento, Marina também foi questionada por empresários sobre crédito imobiliário e respondeu que é preciso diversificá-lo com auxílio de outros bancos, Finthecs e do cadastro positivo. Além disso, ela disse que sua equipe de campanha está estudando a entrada de novos players nesse segmento. O objetivo disso seria “diversificar” o crédito imobiliário.

A candidata também falou sobre as propostas de redução do Estado brasileiro, discurso que costuma ser entoado pelo candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. “Para colocar o Estado a serviço da sociedade, é preciso fazê-lo transitar da velha dicotomia regulador/provedor, para a integradora função de um Estado que seja o mobilizador dos melhores ativos de que dispõe a sociedade, em seus diversos segmentos. Não se trata aqui de discutir se é preciso mais Estado ou menos Estado, mas sim de entender qual é o Estado necessário”, defendeu. Em seguida, Marina disse que o livre mercado “não é grátis”. “(Livre mercado) pressupõe investimentos enormes do Estado”, emendou.