A candidata da Rede, Marina Silva, lançou nesta quinta-feira, 16, sua campanha rodeada de médicos e amparada no histórico de seu vice na chapa, Eduardo Jorge (PV). A largada oficial foi no ambulatório Médico Voluntário do Cangaíba, zona leste de São Paulo. Segundo Marina, em discurso, seu objetivo é “cuidar da saúde das pessoas e cuidar da saúde do Brasil”. A região escolhida, Cangaíba, é um forte reduto petista.
Além de Eduardo Jorge, outros dois médicos discursaram em favor da candidata: Gilberto Natalini, vereador e candidato a deputado federal, e Henrique Francé. Os dois ajudaram a criar o ambulatório, em 1975, que conta com o trabalho voluntário de diversos profissionais da saúde. De acordo com Francé, ele conheceu Eduardo na época em que o vice de Marina trabalhava como médico na Zona Leste. Eles participavam juntos de encontros da área na região. “Conheci Marina pessoalmente agora”, disse Francé, que elogiou o aceno da candidata ao seu setor. “Acho que, ao vir para cá, ela sinaliza que a saúde vai ser uma prioridade”, disse.
Sem citar nomes, Marina não poupou ataques aos seus adversários. “Temos de ser pioneiros. Para ganhar uma eleição, não precisamos ser aqueles que têm milhões e milhões. Temos de ser pioneiros e dizer que para ganhar uma campanha, que não seja com vários partidos”, disse, em referência à necessidade de coligações para abocanhar maior tempo na propaganda eleitoral obrigatória.
LGBT
Marina negou que as diretrizes da sua proposta de governo, lançadas no último dia 15, tenham representado uma mudança de posicionamento sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo. Em 2014, ao divulgar seu programa de governo, Marina foi fortemente atacadas por líderes religiosos ao defender o casamento igualitário. O termo foi substituído, logo depois, por “união civil”. “Não há uma mudança de posicionamento. Existe uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que já estabelece a união homoafetiva e o que está sendo dito (nas diretrizes) é que se isso se transformar em uma iniciativa de lei, será acolhido”, ponderou a candidata.
Questionada, respondeu: “Vivemos em uma sociedade laica e os direitos civis das pessoas devem ser respeitados, independentemente das posições que possamos ter. Numa democracia é assim que funciona. No estado laico é assim que funciona”.