A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, criticou a política externa do governo federal e afirmou que o Brasil “seguiu a tradição de assinar aquilo que é decidido pelo voto da maioria no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU)”, ao comentar o decreto brasileiro que aprova as sanções contra o Irã pela manutenção de seu programa nuclear. “É preciso que a gente tenha uma visão de negociação, mas, no caso do Irã, acho que o Brasil deu audiência desnecessária para um governo que desrespeita os direitos humanos e que tem como objetivo construir, sim, a bomba atômica”, afirmou a candidata.
Em entrevista no Rio, pouco antes de participar do Jornal Nacional, da TV Globo, a ex-ministra do Meio Ambiente também afirmou que o desmatamento cai hoje graças ao plano que foi feito em 2004, “durante a minha gestão”.
Ela disse considerar que não há necessidade de asfaltamento do trecho de 400 quilômetros de floresta virgem da BR-319, o que teria grande impacto ambiental. Ao criticar o projeto do governo, a candidata afirmou que “é melhor dar passagem de avião para que todas as pessoas possam ir a Rondônia e a Manaus”. “Não consigo compreender como se faz um asfalto em 400 quilômetros se não é para nenhuma atividade econômica, apenas para as pessoas andarem de carro”, disse Marina.
A candidata do PV também afirmou que a educação será uma prioridade estratégica, se for eleita, e que é preciso cortar desperdícios e reorientar recursos para fazer investimentos fundamentais no setor. Como exemplo de desperdício, citou três casos: fisiologismo, excesso de viagens e programas não avaliados adequadamente, sem nomeá-los.