Logo depois de entregar o cargo de ministra do Meio Ambiente, a senadora Marina Silva (PT-AC) mandou uma carta de despedida para os funcionários do ministério, dos Institutos Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) e Chico Mendes, Agência Nacional de Águas (ANA) e Serviço Florestal Brasileiro.
Num texto de duas páginas, ao qual a reportagem teve acesso, Marina comunica que tinha entregue a carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agradece a colaboração dos funcionários e afirma que estava "fechando um ciclo, no qual enfrentamos muitas dificuldades, mas colhemos resultados gratificantes".
No texto, ela reconhece que houve "erros, acertos e muito aprendizado" durante a gestão. Mas afirma acreditar que cumpriu a missão a que se propôs quando assumiu a pasta, em 2003. "Com erros, acertos e muito aprendizado, acredito que conseguimos nos guiar pelas quatro diretrizes traçadas quando aqui chegamos: a busca do desenvolvimento sustentável, do controle e participação social, do fortalecimento do Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente) e da política ambiental integrada pela prática da transversalidade.
Numa espécie de prestação de contas ao quadro de servidores do ministério, Marina diz que não conseguiu "dar a atenção que pretendia" aos funcionários de todos os órgãos ligados à pasta, "dada a intensidade da agenda de que são testemunha". Mas diz que "procurou fazer o possível" para valorizá-los "por meio de aumento salarial, enquadramento na carreira funcional, informatização e reforma das instalações físicas, realização de concursos públicos e reorganização das equipes de licenciamento".
A senadora do PT do Acre acrescenta ainda que o trabalho de reorganização da pasta levou à "reestruturação do ministério, feita com o objetivo de aproximar mais o organograma das necessidades de nossas ações e programas, levou à criação da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (Saic), da Secretaria de Mudanças Climáticas, do Instituto Chico Mendes e do Serviço Florestal Brasileiro".
