Em conversa com 21 blogueiros, a pré-candidata do PV à Presidência da República, senadora Marina Silva (PV), defendeu hoje a divulgação pela internet dos gastos e doações de campanha. Acompanhada de seu futuro vice, o empresário Guilherme Leal (PV), a presidenciável disse que tem a intenção de oferecer “maior transparência na campanha” e reafirmou o papel dos eleitores como financiadores da disputa. “Queremos inverter a ideia de poucos contribuindo com muito, para muitos contribuindo com pouco.”
Durante a entrevista, transmitida pela internet pelo PV, Marina recorreu ao passado para reforçar o compromisso com a transparência parlamentar. A senadora lembrou que, quando eleita vereadora, em 1988, entregou a um jornalista o cheque dos vencimentos daquele mês. “Ele perguntou quanto eu ganhava. Estava tão cheia de pastas e penduricalhos que dei o cheque ao rapaz. Ele escaneou e divulgou no jornal”, conta.
A pré-candidata do PV também reconheceu ser uma “recém-ingressa no mundo digital” e que vislumbra na rede de microblogs Twitter (@silva_marina) um contato mais direto com os eleitores, “não necessariamente espetaculoso”.
Marco regulatório
Perguntada por blogueiros, Marina defendeu a maneira como foi construído o Marco Regulatório da Internet. O anteprojeto, que tem como objetivo estabelecer direitos e deveres para cidadãos, empresas e governo em relação às suas ações na web está sendo montado por meio de consulta pública realizada via internet. “Foi feito um processo com uma série de dificuldades, mas que se tornou um processo aberto e criativo”, elogiou. “Conseguimos algo em que o Brasil está inovando. Vejo com simpatia a contribuição da sociedade no Marco Civil.”
A presidenciável e o seu vice também sustentaram a necessidade de uma “ampla” reforma tributária no País. Para Marina, os gastos públicos precisam ser reduzidos de maneira urgente, para que “esse gigante chamado Estado demande menos e desonere mais”.
Ela também defendeu o princípio da justiça tributária, no qual “quem ganha menos deve pagar menos”. A presidenciável se comprometeu, caso eleita, a diminuir a carga tributária. Leal defendeu a divulgação dos impostos cobrados sobre os produtos. “São necessárias tanto a transparência política como a tributária.”