A candidata à Presidência da República pelo PV, Marina Silva, concordou hoje com a proposta do governo de deixar para a próxima gestão a discussão sobre o polêmico projeto do Código Florestal. Marina lembrou que ela mesma já havia proposto o adiamento e que é “extemporâneo” votar esse projeto em período eleitoral.

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“Espero que esse projeto (que será apresentado pelo governo) não seja outra coisa para conseguir o mesmo resultado”, afirmou, referindo-se às constantes tentativas de mudança das políticas ambientais no País. “Que o novo código seja tratado para proteger as florestas.”

A candidata reclamou que existe dentro do Congresso uma forte articulação para desconstruir a legislação ambiental no Brasil. “Só não vira uma catástrofe porque a sociedade brasileira interdita”, comentou ela, durante evento de assinatura do Pacto pela Juventude, do Conselho Nacional da Juventude, documento com propostas que serão entregues a todos os candidatos a presidente.

Ao comentar a tensão entre o governo da Venezuela e empresas brasileiras que acusam o governo do presidente Hugo Chávez de dar calote, Marina propôs que o Brasil faça a intermediação da questão. “Contratos não podem significar prejuízos econômicos e sociais e desvantagem”, disse. Ela defendeu que o Itamaraty tenha foco nos assuntos nacionais e disse que os interesses do País não podem ser orientados pelo “alinhamento ideológico e político” entre Chávez e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Juventude

O Pacto pela Juventude traz 12 propostas, entre elas a criação do Estatuto da Juventude, de projeto de capacitação técnica para jovens de 16 a 29 anos, de direito a esporte e lazer e de plano de combate à violência. Durante o evento de assinatura, Marina destacou que o governo federal deve oferecer atenção especial a esse grupo e que a Secretaria Nacional da Juventude, num futuro governo, faça o papel de integradora dessas políticas entre todos os ministérios.

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