Eleições 2016

Maria Victoria foca na educação como principal proposta para Curitiba

Foto: Daniel Castellano.

Tribuna do Paraná ouviu as principais propostas da candidata à Prefeitura de Curitiba, Maria Victoria (PP). Confira abaixo o papo com a candidata:

De todas as suas propostas, qual é a principal? Qual será o foco?

“Sem dúvida melhorar a educação. Me inspirei nos CENDIs (Centros de Desenvolvimento Infantil) do México, e quero transformar os CMEIs em Centros Integrais de Atenção à Primeira Infância. Eles vão oferecer serviços como nutrição, medicina, odontologia etc., graças a convênios com universidades, que vão ceder estagiários para prestar serviços.”

O que você pretende fazer para melhorar a educação em nossa cidade?

“Além dos novos CMEIs, vamos implantar o inglês nas escolas municipais, ter mais CMEIs abertos até as 20 horas e oferecer passe livre aos estudantes de escolas públicas que tiverem pelo menos 95% de frequência.

Existe a possibilidade de retomada do subsídio estadual ao transporte coletivo?

“Totalmente! A reintegração com a Região Metropolitana será uma das minhas primeiras ações nessa área. Não existe transporte coletivo de qualidade sem subsídio. E o prefeito tem que ter a humildade de atravessar a rua, conversar com o governo do estado e recuperar o subsídio.”

A tarifa de ônibus subiu junto com reclamações sobre as condições do transporte coletivo. Como resolver este problema?

“Uma das formas de baratear a tarifa é aprovar um projeto que já está na Câmara, que cede as laterais dos ônibus para a publicidade. Também estamos propondo uma tarifa reduzida nos horários de entrepico.”

Curitiba tem registrado uma onda de assaltos no transporte coletivo, muita gente reclama. Existe uma solução?

“Aumentar a quantidade de câmeras de monitoramento nos ônibus e terminais ajudaria…”

As UPAS e unidades básicas vivem sobrecarregadas. Como resolver imediatamente?

“Chamando mais médicos, oferecendo incentivos àqueles que trabalhem nas áreas mais carentes e aumentando a quantidade de postos abertos até as 22 horas.”

A população reclama da burocracia dos postos de saúde, que não possuem um
sistema de agendamento de consultas eficiente. Qual seu projeto?

“Melhorar o sistema de agendamento, confirmando as consultas. Porque uma em cada três pessoas não aparece na consulta. Só isso aumentaria em 30% a quantidade de atendimentos. Outra maneira de diminuir as filas é a telemedicina – uma espécie de segunda opinião via teleconferência.”

São várias as reclamações sobre os parques de Curitiba. Vão de limpeza, manutenção, até iluminação. Como solucionar isso?

“De fato, eles são uma marca registrada de Curitiba e precisam de uma atenção especial. Deve haver um investimento e, se for possível, parcerias com a iniciativa privada.”

Sobre os moradores de rua, existe alguma solução?

“É possível aumentar a quantidade de vagas nos abrigos, oferecer uma cama fixa para os mais necessitados, prestar auxílio aos que têm problemas com drogas e/ou álcool e capacitá-los para que eles possam voltar ao mercado de trabalho. Quem sabe até reduzir impostos de empresários que contratem essas pessoas.”

Como melhorar o trânsito da capital?

“Principalmente melhorando o transporte coletivo. Entre outras medidas, vamos implantar o VLP (Veículo Leve sobre Pneus), aumentar a quantidade de tags (sensores instalados nos ônibus que se comunicam com os sinaleiros, ativando a ‘onda verde’), renovar a frota e desalinhar as estações, para melhorar o fluxo. No trânsito propriamente dito, pretendemos aumentar o número de trincheiras e viadutos, e fazer estudos para avaliar a eficácia da área calma.”

E a Linha Verde? Será terminada? Vão ser construídas trincheiras ou viadutos?

“Será terminada, e terá mais trincheiras. Viadutos vamos avaliar.”

Como resolver o impasse entre taxistas e motoristas do Uber?

“Regulando o sistema, como foi feito em São Paulo, para que haja maior competitividade e a concorrência seja mais justa.”

O que pretende fazer com as pessoas que estão nas áreas de invasão, principalmente na Cidade Industrial de Curitiba?

“Se for possível, regularizar a situação, porque sai mais barato do que realocar essas pessoas.”

Como você imagina Curitiba daqui a quatro anos?

“Uma cidade mais moderna e inovadora, voltando a ser referência no Brasil e no mundo.”

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