O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, que anunciou sua saída do PSB de Minas após ser impedido de concorrer ao governo mineiro pelo partido, prestou depoimento nesta quinta-feira, 30, à Polícia Federal, em meio à investigação sobre uso de caixa 2 com recursos da Odebrecht em suas campanhas para a prefeitura em 2008 e 2012. Lacerda negou qualquer irregularidade, afirmando ter “comprovado por meio de documentos” que todas as doações que recebeu foram feitas dentro da lei.
A investigação partiu de delações de ex-diretores da Odebrecht que relataram doações não contabilizadas para as campanhas de Lacerda.
O ex-prefeito de BH afirmou, em nota emitida por sua assessoria, ter feito “esclarecimentos sobre acusações de delatores sobre suposto uso de recursos irregulares em campanhas eleitorais” à PF. “Mais uma vez, Marcio Lacerda comprovou por meio de documentos que todas as doações recebidas em suas campanhas foram feitas na forma da lei e que suas contas de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”, afirmou o comunicado.
A Odebrecht emitiu nota afirmando que “continua cooperando com as autoridades e está focada no exercício de suas atividades e na conquista de novos projetos”.
Marcio Lacerda se retirou da disputa ao governo mineiro nas eleições 2018 e anunciou sua saída do PSB depois de um acordo nacional entre o partido e o PT que determinou a retirada da candidatura pessebista ao governo de Minas e da postulação petista ao Executivo de Pernambuco – em troca da não formalização do apoio do PSB à Presidência da República.
O PT tem como candidato em Minas o governador Fernando Pimentel. Em Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) também tenta a reeleição.
Fora da disputa em Minas, Lacerda anunciou apoio à candidatura de Adalclever Lopes (MDB) ao governo do Estado – e tem previstas gravações de programas de rádio e TV como apoiador do emedebista.